sábado, 31 de março de 2012

Semana Desportiva – 5º Dia

Chegamos ao último dia da semana desportiva organizada pelo projeto Geração Tecla da Juventude Cruz Vermelha de Braga, as crianças retomaram logo pela manhã os grupos que foram elaborados no início da semana, prontificando-se desde logo para o início das atividades.
Dirigimo-nos para o ringue de santa tecla e cada grupo se sentou num espaço por forma a ocupar o ringue. Começamos por fazer um jogo onde cada grupo tinha de pensar numa atividade/desporto/exercício para a outra equipa executar. Colocamos a questão inicial: “O que gostaríamos que os outros fizessem?” 

O grupo número um pensava numa atividade para o grupo número dois executar e vice-versa; o grupo número três para o grupo número quatro e vice-versa e por último o grupo número cinco pensaria numa atividade para o grupo número seis executar e vice-versa. No total eram seis grupos/equipes e trabalharam dois a dois.
Cada equipa reuniu durante dez minutos para pensar o que queriam que a outra equipa fizesse. Depois disto, o capitão de cada equipa revelaria aquilo que pretendia que o outro fizesse. Finalizado que estava este processo de saber o que cada grupo desejava que o outro fizesse, o jogo mudou o rumo que as crianças esperavam, isto porque cada um dos grupos iria fazer aquilo que pretendia que o outro fizesse. É neste momento que surge o nome do jogo: “Fazer o que gostaríamos que os outros fizessem”. A partir do momento em que o grupo toma consciência de que iriam fazer aquilo que pensaram “obrigar” os outros a fazer, começam a perceber que afinal as suas opções e escolhas não foram assim muito agradáveis.








Deste jogo podemos retirar boas lições, nomeadamente perceber que não devemos desejar aos outros aquilo que não queremos para nós, e que o esforço que tiveram para complicar o jogo dos outros grupos, irá obrigá-los a esforçar-se uma vez mais para encontrar as melhores soluções.  Depois de reunidos durante um pouco mais de tempo, cada grupo decidiu em conjunto qual seria a melhor estratégia a ensaiar na sua apresentação.
A dinâmica correu muito bem, todos se empenharam bastante na sua apresentação por forma a todos perceberem o que estavam a executar. Foram momentos de muita boa disposição, de muito “fair-play”, apoio e incentivo a todas as equipas e o resultado final foi excelente.

Ainda durante a manhã tivemos uma exibição de Capoeira dada pela Academia Capoeira Sul da Bahia Mestre Railson” com o professor Wiris e mais três capoeiristas do seu grupo de alunos (o André, a Flor e o Rui).
Chegados ao grupo pediram às crianças para fazerem uma roda e começaram por dizer que a capoeira para muitos é uma arte marcial, uma luta mas também é uma dança. Na realidade a Capoeira era uma forma de defesa pessoal disfarçada em forma de dança. Foi um ritual que teve a sua origem no Brasil, junto dos escravos que trabalhavam nas plantações brasileiras.
Traziam com eles um berimbau e um pandeiro, instrumentos musicais que marcam o ritmo desta dança.
A roda de capoeira é um círculo de capoeiristas com uma bateria musical em que a capoeira é jogada, tocada e cantada. A roda serve tanto para o jogo, divertimento e espetáculo, quanto para que capoeiristas possam aplicar o que aprenderam durante o treinamento.
Os capoeiristas se perfilam na roda de capoeira cantando e batendo palmas no ritmo do berimbau enquanto dois capoeiristas jogam capoeira. O jogo entre dois capoeiristas pode terminar ao comando do tocador de berimbau ou quando algum outro capoeirista da roda compra o jogo, ou seja, entra entre os dois e inicia um novo jogo com um deles.

 
A música é uma componente fundamental de uma roda de capoeira, ela determina o ritmo e o estilo do jogo que é jogado. A música é criada pela bateria e pelo canto, geralmente acompanhados de um bater de palmas.
Depois de explicados todos estes pormenores relativamente à capoeira, organizamos uma roda e demos início a uma demonstração, ficando as crianças encantadas com os movimentos dos capoeiristas e os sons produzidos pelo berimbau e pandeiro. Pouco depois também as crianças se aventuraram a jogar, executando movimentos que foram visualizando na roda. Esta aula de capoeira pretendia alcançar alguns objetivos, nomeadamente: expandir o conhecimento do próprio corpo; sensibilizar as crianças e jovens para a arte da Capoeira; valorizar a prática do exercício físico; promover a interação das crianças com os elementos integrantes no grupo de Capoeira; comunicar através da expressão corporal; reconhecer na coordenação uma forma importante para obter melhores resultados; propiciar exercícios que envolvam a destreza manual e desenvolver a motricidade global.
Durante o período da tarde, fomos todos até ao ringue da Quinta da Capela, onde se iria realizar um torneio de futebol, havendo algumas crianças que iriam participar e outros que iriam apenas assistir e apoiar a sua equipa. Num dos intervalos entre jogos, assistimos a uma apresentação de dança, sendo que depois todos tiveram a oportunidade de participar na dança também, a convite do professor. Este foi mais um momento de partilha e convivência entre as crianças que seguramente lhes preencheu mais um dia.




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